Primeiro Fórum das Cidades Amazônicas no contexto do debate internacional sobre queimadas e desmatamento
Há muito tempo o mundo não se debruçava com tanta atenção sobre o tema da preservação do bioma da Amazônia e a postura das instituições brasileiras. Um sinal de alerta soou nas principais economias do mundo depois dos números alarmantes divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número de focos de incêndio florestal havia aumentado 83% entre janeiro e agosto de 2019 na comparação com o mesmo período de 2018. Foram contabilizados mais de 74 mil focos, alta de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Era o número mais alto desde que os registros começaram, em 2013.
A temperatura política tornou a questão ainda mais dramática, alavancando as queimadas e a preservação da Amazônia como um tema de relevo internacional. A hashtag #PrayForAmazonia ganhou o mundo e as preocupações de cidadãos e influenciadores digitais que pouco sabem sobre o Brasil, mas têm consciência do papel do bioma da região para uma vida sustentável no planeta.
Neste contexto, a cidade de Manaus tinha um papel estratégico e, por seu natural lugar de fala, era um ator de elevada relevância dentro e fora do país. O mundo estava de olho na Amazônia e os governos da região amazônica – incluindo a Prefeitura de Manaus – precisavam responder e se posicionar nacional e internacionalmente.
Como uma etapa preparatória para a COP 25, Conferência Mundial do Clima promovida pela ONU e que aconteceria em dezembro de 2019 na cidade de Madri, na Espanha, a Prefeitura de Manaus organizou e sediou, em parceria com a Fundação Konrad Adenauer e a ONG ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, o 1º Fórum das Cidades Amazônicas.
O objetivo era debater com autoridades e especialistas em desenvolvimento sustentável os desafios enfrentados pelas gestões municipais na região quando o assunto é preservação do bioma amazônico e mudanças climáticas. Como resultado dos debates, os municípios e entidades presentes produziriam e se tornariam signatários do Manifesto das Cidades Amazônicas, documento a ser levado para discussão durante a COP 25.
Na área da comunicação, o maior desafio era construir uma agenda de divulgação e promoção que fosse capaz de dialogar e responder às inquietações internacionais sobre a preservação da Amazônia e, ao mesmo tempo, demonstrar que havia, nas cidades que compõem a região, forte comprometimento com as questões do clima e do desenvolvimento sustentável.
A Diálogo tinha como objetivo fazer a mensagem alcançar três níveis de públicos: as próprias cidades que compõem o bioma amazônico, sociedade e formadores de opinião no Brasil e no exterior. Também havia a necessidade de expor o papel de liderança da Prefeitura de Manaus nos debates regional, nacional e internacional.
Para atender as necessidades da Prefeitura e parceiros que ajudaram na organização do 1º Fórum das Cidades Amazônicas, a equipe da Diálogo desenvolveu um planejamento que permitiria alcançar uma divulgação maciça da realização e conteúdos debatidos nos dois dias de encontro e, ao mesmo tempo, oferecer a um grupo de formadores de opinião um mergulho mais aprofundado na vivência da realidade amazônica. Foi estabelecida uma estratégia, com focos qualitativo e quantitativo.
A promoção do 1º Fórum alcançou as expectativas da Secretaria de Imprensa e Comunicação da Prefeitura de Manaus. Foram mais de 80 reportagens publicadas em jornais e portais de notícias ou veiculadas em rádio e televisão. Volume suficiente para difundir informação na própria cidade de Manaus e outros municípios participantes e, também, alcançar formadores de opinião dentro e fora do Brasil – uma vez que tanto o Manifesto das Cidades Amazônicas quanto o release de consolidação dos trabalhos foram traduzidos para o inglês e espanhol e difundidos em mailing internacional.